O dia 25 de novembro é o Dia internacional de combate à violência contra as mulheres. É um dia de conscientização, de luta, de mobilização!
Infelizmente, os números acerca da violência praticada contra as mulheres são alarmantes, tanto em nosso país, como em nível mundial.
Segundo dados do Mapa da Violência 2012, que aborda os índices de homicídios de mulheres no Brasil, documento de autoria de Júlio Jacobo Waiselfisz com apoio do Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (Cebela) e da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), o Brasil ocupa o 7º lugar nas taxas de homicídio de mulheres (em cada mil mulheres, 4,4 são assassinadas). Nosso país só perde para El Salvador (10,3), Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6).
Uma das lutas centrais do MMC é pelo fim da violência que nos massacra e humilha e que, muitas vezes, não é visível. Dentre as tantas formas de violência menos evidente, existentes além da violência física, destacamos: a Violência moral e psicológica – é a violência que magoa, que fere nossa autoestima e nossa autodeterminação, como ameaças, xingamentos…; e a Violência sexual – uma das piores formas de violência, é o estupro, o assédio sexual em transportes públicos, no trabalho…
Diante desta realidade, o MMC sempre pautou a construção de políticas públicas que atendam aos anseios das mulheres vítimas de violência e na efetivação de leis que punam os agressores como a implementação da Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/06), e a viabilização de estruturas que garantam a implementação da mesma. Nos últimos 30 anos, 90 mil mulheres foram assassinadas e somente nos últimos 10 anos foram mais de 40 mil. Mesmo com a Lei, o número tem aumentado consideravelmente e, apesar de ter um maior orçamento para o enfrentamento da violência, se manteve o crescimento das taxas de homicídio.
Entretanto, acreditamos que para combater a violência é preciso, também, lutar todos os dias pelo fim do machismo que impera desde nossos lares, até os órgãos públicos que devem nos proteger, mas que muitas vezes nos violentam.
Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres!
Violência contra a mulher é crime, denuncie!
História do dia 25 de novembro
A data de 25 de novembro de 1960 ficou conhecida mundialmente por conta do maior ato de violência cometida contra mulheres. As irmãs Dominicanas Pátria, Minerva, e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que lutavam por soluções para problemas sociais de seu país (República Dominicana) foram perseguidas, diversas vezes presas, até serem brutalmente assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura simulou um acidente.
Em 1981, durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, o dia 25 de novembro foi escolhido como Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, em homenagem às três irmãs ativistas políticas.
A luta dessas mulheres nos inspira para lutarmos por mais justiça social e por um mundo sem violência contra a mulher.
Movimento de Mulheres Camponesas
Novembro/2012
Fonte: www.adital.com.br