Mulheres Camponesas, organizadas no Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) participam e organizam atividades em vários estados do Brasil por ocasião do 08 de Março, Dia Internacional da Mulher.

Desde o ano de 2006, as mulheres do campo unificadas com as mulheres da cidade vem realizando Jornadas Nacionais de Luta, desenvolvendo ações de denúncia do modelo de agricultura e de sociedade que violenta as mulheres.

Neste ano, a jornada nacional de luta das mulheres do campo e da cidade possui como pautas centrais o debate sobre o fim da violência praticada contra as mulheres, a produção de alimentos saudáveis, garantia de direitos sociais como saúde, previdência (salário maternidade de 06 meses para todas as mulheres) e educação e reforma urbana que contemple as necessidades reais do povo e não do capital.

Desta forma, abaixo constam algumas informações sobre as ações que ocorreram no início da Jornada Nacional de Lutas. Informações sobre as ações que ainda acontecerão serão circuladas posteriormente.

Santa Catarina

Entre os dias 06 a 15 de março, centenas de mulheres camponesas estarão realizando atividades locais e regionais que debatem o projeto de agricultura camponesa, especialmente a comercialização da produção de alimentos e geração de renda. Em alguns lugares as camponesas entregaram pauta de reinvindicação na prefeitura municipal, onde incluem questões relativas aos entraves e proposições com relação comercialização da produção de alimentos.

As ações ocorrerão nos municípios de Chapecó, Saltinho, Mondaí, Iporã do Oeste, Descanso, Campo Erê, Curitibanos, São José do Cedro, Maravilha, Caxambu do Sul, Palma Sola, Anchieta, São Miguel do Oeste, Quilombo, Mafra, Águas de Chapecó, Lageado Grande e Irani.

Brasília/DF

Mulheres camponesas participam de seminário que discute “A atualidade da Luta Feminista”, no dia 07 de março de 2013 – Brasília/DF, a partir das 18h na Sala 148 – BCE (subsolo) da Biblioteca Central da UnB – Campus Darcy Ribeiro. Esta atividade está sendo organizada pelo Observatório da América Latina e da África da Associação de Pós-Graduandos Ieda Delgado (APG/UnB).

Rio Grande do Sul

Dias 06 e 07 de março de 2013, foram realizadas duas ações, organizadas pelas mulheres da Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e Levante Popular da Juventude. Reuniu cerca de mil mulheres que ocuparam a fábrica Milenia, produtora de agrotóxicos em Taquari/RS e realizaram ato em frente ao MC’Donalds em Santa Cruz do Sul/RS. Mais atividades estão sendo esperadas para o dia 08 de março de 2013.

Acre

A coordenação municipal do Movimento de Mulheres Camponesas de Bujari- Acre estará realizando o 1º Encontro Municipal de Mulheres Camponesas de Bujari, nos dias 07 e 08 de março, na oportunidade será feito o resgate histórico das lutas das mulheres, discussões em torno da vida no campo hoje e de combate a violência praticada contra as mulheres. Estão sendo esperadas 600 mulheres para esta atividade.

Estados de Espírito Santo, Pará (Conceição do Araguaia), Brasília, Paraná (Cascavel), Bahia (Riacho de Santana, Pindaí, Caitité) e Roraima tem previsão de realizar atividades no dia 08 de março de 2013.

No dia 07 de março de 2013, reuniram-se na comunidade de Colônia Bacia em Chapecó/SC 700 pessoas, sendo a maioria mulheres camponesas, vindas de diferentes comunidades e municípios pertencentes a regional.

O dia foi marcado por momentos de estudo e reflexão sobre a realidade de vida no campo nos dias atuais, bem como de discussão sobre os desafios e possibilidades com relação a produção e comercialização de alimentos orgânicos e agroecológicos, sendo esta uma alternativa de renda e autonomia para as famílias camponesas.

O 1º Encontro Regional Unificado das Mulheres é uma atividade organizada pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Fetraf Sul, Coper Famíliar e Cresol Chapecó. Este encontro faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres do Campo e da Cidade, para celebrar o dia 08 de março, dia Internacional da Mulher.

Seminário: “A atualidade da Luta Feminista”

Data: 07 de março de 2013
Horário: 18h
Local: Sala 148 – BCE(subsolo). Biblioteca Central da UnB – Campus Darcy Ribeiro
Organização:“Observatório da América Latina e da África” da Associação de Pós-Graduandos Ieda Delgado (APG/UnB)

Programação:

Abertura/ Atividades culturais e artísticas:
Mariana Ferreira, cantora e poeta
Chico Nogueira e sua viola
Mateus Gonçalves (Estudante de Engenharia Florestal)
Lília Diniz (poeta, cantora, brincante)

Exposição e venda dos livros de Lília Diniz
Exposição e venda de quadros de Maria Coeli Almeida Vasconcelos
Exposição de fotos do I Encontro Nacional do MMC
Banca de Livros da Expressão Popular

Convidados para a Mesa redonda:

Maria De Nazaré Pedroza (primeira mulher na diretoria da UNE :1963-1964)
Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
Representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Representante da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Professores (SINPRO-DF)
Representante do movimento LGBT
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA)
Promotoras Legais Populares (PLPs)
Pretas Candangas

Entrega de certificado para os participantes. INSCRIÇÕES GRATUITAS durante a atividade

Proposta:

Realização de um seminário para debater feminismo na universidade, como atividade da APG/UnB em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A atividade compõe a I Virada Feminista do Distrito Federal, chamada pelo Fórum de Mulheres do DF. A Atividade da APG acontece no dia 07 de março como uma das atividades de abertura da Virada, cuja programação completa será divulgada na data.

O tema da virada é “A sua boca é fundamental contra os fundamentalismos” e, em tempos de ataques homofóbicos e lesbofóbicos na universidade, ameaças à autonomia universitária, cobrança de taxas na universidade pública eimplementação de restrições do uso do espaço da universidade pela comunidade, faz-se necessário que a APG também participe destes questionamentos e facilite o desenvolvimento do debate dentro da UnB, contribuindo para a articulação e formação dos estudantes contra o avanço do conservadorismo nas universidades. Objetiva-se que os movimentos sociais e a comunidade ocupem e usufruam da universidade e que os estudantes participem das lutas dos movimentos sociais pela transformação social e pela emancipação humana.

Teremos representantes ativistas de distintos movimentos sociais, de órgãos de governo e sindicatos que atuam em projetos voltados ao protagonismo feminino na sociedade contemporânea, em particular aquela que reside no DF. Paripassu aos debates teremos também shows musicais e de poetas que cantam a história das mulheres do nordeste (carpideiras, lavadeiras, etc.), bancas de livros e pinturas feitas por mulheres.