14/03/2013 - MMC - Movimento de Mulheres Camponesas
Programa especial 1º Encontro do Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil

No mês que marca o Dia Internacional das Mulheres – 8 de março, o Vida no Sul apresenta um programa sobre o 1º Encontro das Mulheres Camponesas do Brasil (MMC), realizado de 18 a 21 de fevereiro em Brasília/DF. Com o tema "Na sociedade que a gente quer, chega de violência contra a mulher!", o encontro reuniu cerca de 3 mil mulheres em momentos de debates e confraternização, com o objetivo central de fortalecer a organização das camponesas e dar visibilidade ao papel das mulheres na sociedade. O programa apresenta o MMC e os melhores momentos do encontro, com as participações musicais de Pereira da Viola, Irene Brittes e Ellen Oléria. Confira!

 

Carta ao povo venezuelano

Nós, das diversas organizações do campo brasileiro, gostaríamos de, em primeiro lugar, dar nosso abraço solidário internacionalista em cada homem, mulher, jovem e criança venezuelana. Esse momento não é de tristeza somente para vocês, neste momento toda América Latina, e povos que lutam por liberdade, choram a perda do comandante.

O povo venezuelano, sob a liderança do comandante Hugo Chávez, foi a vanguarda de enfrentamento ao imperialismo e na construção de um projeto popular na América Latina. Não temos dúvidas que as vitórias populares alcançadas nos últimos períodos na América Latina só foram possíveis porque o comandante Hugo Chávez e o povo venezuelano na sua épica construção do socialismo do século XXI nos serviram como farol em meio ao mar revolto do neoliberalismo.

Mais do que chorar a irreparável perda do nosso comandante, nos comprometemos e chamamos cada companheiro e companheira venezuelanos a transformar cada lágrima em mais um passo determinado a construir a Grande Pátria, sonhada por Bolívar e por Chávez.

Enquanto choramos a nossa perda nossos inimigos comemoram. Nossos inimigos não deixaram de existir. Chávez estará vivo no enfrentamento aos nossos inimigos. Se manterá em nossas mentes e corações, mas fundamentalmente em nossa luta contra as injustiças em qualquer parte do mundo e na continuidade da revolução bolivariana.
Viva o comandante Hugo Chávez: em todas as nossas lutas!

Viva a continuidade da revolução bolivariana!
Viva o socialismo!
Nossos mártires renascerão na nossa vitória! Até logo, comandante!

Confira outras imagens clicando aqui.

Via Campesina Brasil
Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Movimento das Mulheres Camponesas
Movimento dos Atingidos por Barragens
Movimento dos Pequenos Agricultores
Confederação Nacional Quilombola
Conselho Indigenista Missionário
Comissão Pastoral da Terra
Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais
Pastoral da Juventude Rural
Movimento Camponês Popular
CONVOCATÓRIA: Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida!

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) convoca todas as organizações, entidades, pastorais, redes, ativistas e movimentos sociais a inserirem-se e nos ajudarem a realizar as mobilizações que marcarão o Dia internacional de lutas contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, na jornada do 14 de março. Esta data foi definida em 1997, quando o Brasil sediou o 1º Encontro Internacional dos Atingidos por Barragens e, desde então, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam o modelo energético que, historicamente, tem causado graves consequências sociais, econômicas, culturais e ambientais.

As lutas do 14 de março neste ano acontecem em um momento que o mundo enfrenta mais uma crise do modo de produção capitalista. Essa crise, que teve grande impacto mundial a partir de 2008, continua e, em alguns lugares do mundo, se agrava. As empresas que tem sede em países ricos nunca receberam tanto lucro vindo de suas filiais nos países pobres. No caso do Brasil, no último ano, das 12 empresas que mais remeteram lucros para fora do país ou pagaram para seus acionistas, nove são do setor de energia.

Os donos do capital e os governos buscam amenizar os efeitos da crise e retomar as suas taxas de lucro e a apropriação do valor produzido pelo conjunto dos trabalhadores. Para isto, agem de várias formas, entre elas aumentar a exploração sobre os trabalhadores (negando e retirando os direitos historicamente conquistados), implantar novas tecnologias para aumentar a produção e buscar a apropriação da base natural vantajosa.

Nessa conjuntura, cada vez mais nosso compromisso é de nos organizarmos e de nos inserirmos nas lutas contra as transnacionais, pelos direitos dos trabalhadores, na defesa dos rios, da água e da vida.  Portanto, essa luta não é apenas da população atingida pelos lagos, pois todo o povo é atingido pelas altas tarifas da energia, pela privatização da água e da energia, pelo dinheiro público investido em obras privadas.

As manifestações da semana do 14 de março serão realizadas para pedir a criação da Política Nacional de Direitos dos Atingidos por Barragens, para fortalecer a luta por um outro modelo energético e para avançar nas ações conjuntas entre os trabalhadores do campo e da cidade. Portanto, reforçamos a importância da unidade na luta entre os povos, fortalecendo o internacionalismo contra o projeto do capital que, mesmo em crise, se reorganiza para não perder sua função, que é exploração máxima dos trabalhadores e da natureza.

Além das lutas do 14 de março, estamos preparando o ENCONTRO NACIONAL DO MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS, que será realizado em São Paulo, de 3 a 7 de junho deste ano, com a participação de 5 mil militantes. Nosso objetivo é discutir com a sociedade brasileira a luta pelos direitos dos atingidos e a necessidade de construir o projeto energético popular, cujo principal beneficiário deva ser a classe trabalhadora.

Por fim, reforçamos a convocação para que todos e todas participem de grandes jornadas de lutas no Brasil, na América Latina e no mundo neste 14 de março. Porém, nossas lutas deverão ir para além desta data, elas devem ser permanentes, contra as empresas transnacionais privatistas e rentistas, contra os altos preços das tarifas de energia, em defesa da água e da energia, com distribuição da riqueza e controle popular.

Trabalhadores do campo e da cidade a lutar por um projeto energético popular!

Água e energia não são mercadorias!

Movimento dos Atingidos Por Barragens – MAB Brasil

Carta de repúdio a eleição de Marco Feliciano

Repudiamos a eleição do deputado Marco Feliciano como Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara

Nós, dos movimentos sociais e organizações que compõe a Via Campesina Brasil, junto a outros movimentos populares do campo e da cidade, vimos por meio dessa declarar nosso repúdio a eleição do Deputado Federal Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, no dia 05 de março deste ano.

Esta comissão, que tem como função, defender a integridade dos Direitos Humanos das pessoas, não poderá ser presidida por este deputado que já demonstrou publicamente ser defensor de ideias e práticas que violam os direitos humanos em muitos aspectos, lamentavelmente suas declarações em redes sociais expressam seu verdadeiro caráter, sem contar que responde a processos no STF sob acusação de estelionato e homofobia.

Esta comissão certamente deixará a desejar no que tange a garantia de direitos humanos da população, em especial das minorias, de nosso país, ao ser coordenada por Feliciano.

Acreditamos que essa eleição representa um retrocesso para a democracia brasileira e um ataque aos direitos humanos.

Nossa esperança, que esta situação seja revertida, em nome da integridade da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara e da tão valiosa tarefa que deve exercer.

Atenciosamente,
Via Campesina Brasil
São Paulo, 10 de março de 2013

Assinam:
MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
MPP – Movimento dps Pescadores e Pescadoras Artesanais
CIMI – Conselho Indigenista Missionário
CPT – Comissão Pastoral da Terra
PJR – Pastoral da Juventude Rural
ABEEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal
FEAB – Federação de Estudantes de Agronomia do Brasil
APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
SINPAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário
ADERE – Articulação dos Empregados Rurais de Minas Gerais
ENEBio – Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia
CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas 
MAM – Movimento dos Atingidos pela Mineração
MMM – Marcha Mundial das Mulheres