Na manhã de hoje (17), cerca de 1.500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e Levante Popular da Juventude, ocuparam o prédio da secretaria de educação do Estado do Rio Grande do Sul em Porto Alegre.
Os manifestantes seguiram em marcha do Incra e Ministério da Fazenda onde estão acampados desde o dia de ontem. O objetivo da ocupação é exigir do governo investimentos na educação publica nas áreas de assentamentos. Uma comissão de representantes dos movimentos foi recebida pela Secretária adjunta Maria Olalia.
De acordo com Irene Mafio da coordenação estadual do MST, foi apresentada uma pauta para a secretaria, sendo que os três principais pontos são a construção de Escolas Emergenciais nos Assentamentos de São Gabriel, reformas e ampliações nas escolas do campo e retomada do grupo de trabalho da educação no campo. “Avaliamos que a educação nas áreas rurais é um direito nosso e um dever do Estado.” diz a coordenadora.
Durante o dia de hoje será realizado também uma vigília na praça da matriz em memória aos 21 camponeses assassinados no massacre de Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996. Cobrando o julgamento e prisão dos responsáveis pelas mortes e pelo fim da violência contra os trabalhadores rurais, que persiste e se intensifica cada vez mais.
Trabalhadores e trabalhadoras rurais da Via Campesina permanecem acampados/as em Porto AlegreOs movimentos sociais que integram a Via Campesina permanecem acampados em frente ao Ministério da Justiça e do Incra na Avenida Loureiro da Silva em Porto Alegre. A atividade faz parte da jornada nacional de lutas que busca a criação de uma Política Nacional Camponesa que apresente alternativas aos limites enfrentados no campo, garantindo condições técnicas para a produção de alimentos saudáveis.
Segundo Marcelo Leal da coordenação da Via Campesina, outros pontos de pauta da mobilização é a realização imediata da Reforma agrária, a renegociação das dívidas dos pequenos agricultores, a compensação ambiental aos camponeses pela preservação da natureza e a desbancarização do crédito agrícola buscando recursos fora das normas rígidas do sistema financeiro.
Durante o dia de hoje (17) as organizações sociais realizam uma série de atividades para pressionar o governo estadual e federal a avançar nos pontos da pauta de reivindicação. Nesta manhã os agricultores seguem em marcha até a Secretaria da Educação com o objetivo de cobrar do governo investimentos na educação publica nas áreas de assentamentos.
Às 10h acontecerá uma audiência na superintendência da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), onde será apresentada uma proposta do plano camponês e cobrando melhores estruturas publicas estaduais de armazenagem e comercialização, construindo uma empresa publica de alimentos fortes e capazes de regular o mercado buscando construir a soberania alimentar.
Às 16h será realizada uma vigília na praça da matriz em memória aos 21 camponeses assassinados no massacre de Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996. Cobrando o julgamento e prisão dos responsáveis pelas mortes e pelo fim da violência contra os trabalhadores rurais, que persiste e se intensifica cada vez mais.
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