Nós, mulheres organizadas no MMC, temos como missão a libertação das mulheres de todos os tipos de violência. Compreendemos que o Sistema Capitalista alicerçado no latifúndio, na cultura patriarcal e racista busca sempre invisibilizar todas as violências praticadas contra as mulheres e diversidade de gênero e no que se refere ao sistema de saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos isso não é diferente.
Hoje, 25 de novembro, reafirmamos a importância da organização, da formação e da luta no combate e enfrentamento às violências contra a mulher. Nessa data que marca a articulação internacional de luta contra a violência que sofremos cotidianamente como mulheres, reforçamos nosso grito: PAREM DE NOS MATAR! Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2020 mais de 17 milhões de mulheres foram vítimas de alguma forma de violência no Brasil. Quase 700 registros são de feminicídios.
Para nós, Mulheres do MMC, o SUS tem que ser uma ferramenta de enfrentamento a todas as formas de violências contra as mulheres, para além dos cuidados imediatos às violências físicas. As demais dimensões da vida devem ser atendidas: acolhimento e encaminhamento das vítimas aos demais serviços como assistência social, saúde psicológica, segurança, trabalho e renda, para que as mulheres possam ter autonomia econômica e sobre suas vidas. Quando o SUS sofre ataques e cortes de recursos públicos (como tem ocorrido nos últimos períodos) as mulheres são mais uma vez violentadas, com aval do Estado.
O SUS também deve garantir a contracepção de emergência e o uso de medicamentos para IST/Aids – para todas as mulheres, incluindo as vítimas de abuso sexual. Caso engravidem em decorrência da violência sofrida, elas têm direito ao aborto. Mesmo garantido em lei nos casos de violência sexual, a maioria das unidades de saúde não realizam esse procedimento, exigindo boletins de ocorrência, laudos do IML, que comprovem a violência relatada pela vítima.
A grande maioria das mulheres que morrem em decorrência de abortos ilegais são mulheres pobres, que procuram o SUS por complicações em decorrência do procedimento. Essa questão precisa ser tratada como questão de saúde pública, pois, muitas mulheres estão morrendo! E os dados que existem não expressam com exatidão quantas mulheres sofrem abortos espontâneos e quantas perdem a vida tentando interromper uma gravidez.
É preciso que o Estado cumpra seu papel de defesa da vida humana e da natureza, garantindo que as mulheres tenham seus direitos respeitados, garantidos e assegurados.
A violência contra a mulher é um problema social, sendo assim deve ser enfrentado e combatido por todos, todas, todes que formam a sociedade. Lutar em defesa do SUS também é combater a violência do uso de agrotóxicos que tem adoecido e matado mulheres, exemplo disso são os números cada dia mais crescente de casos de câncer.
Por tudo isso, lutamos pela defesa e garantia do SUS, lutamos pela retirada da renúncia fiscal que o Governo Federal faz sobre os Agrotóxicos. E que os impostos sejam aplicados no SUS, até que todos os agrotóxicos sejam banidos.
📲 Assistam esse vídeo em nosso canal do Youtube e confiram a fala das companheiras Sandra Rodrigues (MMC-Paraná) e Noemi Krefta(MMC-Santa Catarina). E nos ajudem a dar visibilidade a luta pela defesa do SUS como bandeira de combate e enfrentamento a violência contra a mulher!
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#BolsonaroNuncaMais
#NemUmaAmenos
#ParemDeNosMatar