“O cuidado da casa comum: Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”: é este o debate que movimentos populares, sindicatos, igrejas, pastorais sociais e mandatos de parlamentares, trouxeram para a reflexão neste sábado, 31 de outubro em Chapecó.
Com a presença de João Pedro Stédile, da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e da Pastora Cibele kuss da Fundação Luterana, cerca de 500 militantes, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, estiveram reunidos nessa articulação e luta em defesa de uma casa comum onde os seres humanos e a natureza sejam respeitados de forma integral.
Para João Pedro Stédile este é um importante momento para os movimentos populares, pois finalmente se tem um Papa que além de Papa é um líder popular que está preocupado com o rumo da humanidade.
Pastora Cibele reflete que a religião pode alienar ou libertar e sempre será um espaço de ambiguidade. “Hoje podemos encontrar organizações religiosas extremamente conservadoras, e essas organizações não estão isoladas do sistema econômico. Nós enfrentamos hoje, no Brasil, juntamente com a crise, um profundo fundamentalismo e um crescente fascismo. Nossos companheiros haitianos, por exemplo, estão sendo hostilizados e até mesmo assassinados, a violência contra as mulheres tem aumentado e muito. São atitudes de ódio contra os seres humanos”.
Do seminário também foram tirados encaminhamentos para serem realizadas nas diferentes regiões do estado, atividades como o fortalecimento do trabalho de base, o diálogo sobre a encíclica nos municípios e paróquias.