O Movimento de Mulheres Camponesas vem a público manifestar apoio e solidariedade às mulheres de Irati/PR, pelo ato no dia 8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES TRABALHADORAS, no qual a Rede de Proteção Contra a Violência, o Núcleo Maria da Penha – NUMAPE/UNICENTRO de Irati, o Conselho Municipal da Mulher em conjunto com a Secretaria de Assistência Social e integrantes do Movimento de Mulheres Camponesas, realizaram um ato para denunciar as diversas violências sofridas pelas mulheres cotidianamente. Considerando as estatísticas do município, Irati é a quarta cidade do Paraná com mais registros de violência contra mulher.
A programação teve uma performance intitulada “O silencio mata”, onde as mulheres usavam fitas na boca, simbolizando o silênciamento cotidiano das mulheres. Ao tirarem as fitas, as mulheres traziam dados sobre as violências, e abriam espaço para que as mulheres presentes se manifestassem e trouxessem seus depoimentos.
O ato teve cobertura da imprensa local e logo ganhou ampla repercussão nas redes sociais. Com muitos comentários de apoio, e outros que incitaram o ódio, desrespeito e preconceito contra as mulheres participantes do mesmo, essa repercussão nas redes sociais, citando nomes e postando vídeos do ato, joga ainda mais luz sobre esse período de retrocessos, conservadorismo e criminalização que estamos vivendo no Brasil.
Repudiamos toda e qualquer atitude preconceituosa, machista, conservadora, homofóbica, lesbofóbica e transfóbica, que incitem o ódio contra as diferenças e visem desqualificar as lutas das mulheres e da classe trabalhadora como um todo.
Que os responsáveis por todos os crimes contra as mulheres de Irati, sejam identificados e punidos de forma célere e exemplar!
NA SOCIEDADE QUE A GENTE QUER, BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!