Tema: Avaliação das políticas publica de produção de alimentos e o uso dos agrotóxicos
Brasília, 06 de novembro
“Na sociedade que a gente quer, basta de violência contra a mulher”
Presidiram a mesa os deputados Nazareno Fonteles e Pe. João
Agradeço o convite para falar nesta comissão em nome do MMC e da Via Campesina. Saudação especial os companheiros da mesa aos presentes no plenário e aos deputados Nazareno e Padre João;
Primeiro quero registrar que existe uma diferença grande de conceito entre segurança alimentar e soberania alimentar, portanto, nossa defesa é pela soberania alimentar.
Não da pra falar de alimentação saudável e uso de venenos, sem primeiro colocar que sem Reforma Agrária e ainda mais com um imaginário de que Agricultura Camponesa e Agronegócio podem conviver sem problemas, a meu ver, isto é impossível nós defendemos a Agricultura Camponesa baseada nos princípios da Agroecologia, da Ref. Agrária, da biodiversidade de espécies de animais e plantas, com respeito à cultura local das comunidades seja camponesas, quilombolas, indígenas, assentamentos…
Defendemos um projeto de vida dos seres humanos, dos animais, da fauna, da flora, da água, do planeta se não repensarmos urgentemente nossas praticas cotidianas e este modelo capitalista que vale mais é o que vai para o mercado, não existe sustentação, já estamos vivendo situações de secas, enchentes desastrosas são sinais claros de que nosso planeta não agüenta mais, o agronegócio é o grande mal na agricultura só traz doenças, expulsão dos povos do campo, os agroquímicos criando dependências cada vez maior dos adubos, das sementes transgênicas dos agrotóxicos e visam somente lucro, exportação, nós queremos terra para plantar comida e comida de boa qualidade, saudável para nós e para toda sociedade, este é nosso compromisso.
Estamos sentindo já o estrago que este modelo tem criado a todos nós com avanços de doenças, e no meio ambiente, no aprendizado de nossas crianças.
Para não dizer que só falei mal trago aqui, por exemplo, algumas políticas publicas interessante que contribuímos nos debates e nos enfrentamentos aqui nesta casa para avançar como:
– PAA;
– PNAE;
– Direito humano a alimentação.
Mas a ainda muitos entraves a serem vencidos, por isto, continuamos em luta, pois muitos são nossos desafios como, tem apoio para avançar com nossas experiências que estas sejam vistas como modelo de desenvolvimento não como mais uma experiência, queremos encher este pais de muitas destas iniciativas para isto temos que ter apoio, na Ref. Agraria, no credito, na assistência técnica na comercialização direta e indireta, na valorização do trabalho das mulheres.
Desafios:
– Controle sobre as terras publica
– Controle as empresas de sementes e agrotóxicos
Muitos são os PLs aqui nesta casa que tratam deste assunto e muitos são maléficos ao povo brasileiro, portanto, temos que ver nesta casa, de quem temos apoio para abortar estes definitivamente. Estamos cansadas de sofrer derrotas foi à concessão de florestas publicas, foi a MP da grilagem na Amazônia e por ultimo foi com a votação do novo Código Ambiental.
Proibição de propaganda de venenos nos meios de comunicação ou obrigar no final da propaganda dizer que este faz mal a saúde, provoca aborto, causa câncer entre outras doenças, outro dia no globo rural estava passando uma matéria interessante sobre agroecologia e no intervalo patrocínio do programa Bung, Monsanto, no mínimo tem que ser como cigarro e bebida dizer os males que provocam a saúde do povo.
Por ultimo repudiar o mandado de prisão ao Frei Gilvander por denunciar os altos índices de venenos no feijão da marca Unaí, e me coloco a disposição para o debate, muito obrigada.
Rosangela Piovizani Cordeiro,
Direção Nacional do MMC