Na jornada nacional de lutas, de 14 a 19 de outubro, diversos movimentos sociais saem às ruas para fazer o debate e a denuncia do modelo do agronegócio que é um empecilho para a soberania alimentar e nacional desse país.
Na jornada nacional de lutas, de 14 a 19 de outubro, diversos movimentos sociais saem às ruas para fazer o debate e a denuncia do modelo do agronegócio que é um empecilho para a soberania alimentar e nacional desse país.
O Movimento de Mulheres Camponesas juntamente com os demais movimentos da Via Campesina, CONTAG, FETRAF, CUT que integram a Jornada Unitária de Lutas pela Soberania Alimentar e Contra o Agronegócio, realizaram, no dia 16 de outubro, um ato de ocupação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Brasília.
A pauta de reivindicações traz uma série de demandas que partem do princípio da garantia da soberania alimentar, e respeito à agricultura camponesa familiar e aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, que são constantemente prejudicados pelas ações do agronegócio brasileiro.“Na mídia todo dia se divulga que o Agronegócio é o grande responsável pelo desenvolvimento do Brasil, porem dados revelam que a agricultura camponesa é a principal responsável pela produção de alimentos consumidos pelo povo brasileiro” diz Rosangela Piovizani.
Dentre as reivindicações mais pontuais estão a retomada da reforma agrária, parada no governo há muito tempo, e o repúdio ao Projeto de Lei 268/2007, que trata da comercialização das sementes conhecidas como Terminator e o fortalecimento dos Programas Aquisição de Alimentos.Representantes dos movimentos e organizações foram recebidos pelo ministro do MAPA, Antônio Andrade, juntamente com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho na qual negociaram a pauta, nesse mesmo dia foi suspensa a votação do PL Terminator na Comissão de Constituição, Justiça – CCJ. Uma grande vitória foi o compromisso do Ministro Antônio Andrade para o arquivamento desse mesmo PL.
No dia 17 de outubro, movimentos sociais da Via Campesina e petroleiros ocuparam o Ministério de Minas e Energia – MME, para exigir a imediata suspenção do leilão do pré-sal no campo de libra que está marcado para o dia 21 de outubro.
Além disso, diversos estados fizeram mobilizações nas mesmas datas com as mesmas reivindicações, trancando ruas, ocupando órgãos governamentais, distribuindo alimentos, fazendo debate da produção de alimentos saudáveis, negociações com governos locais.
Toda essa mobilização se desdobrará em continuidade de negociações das pautas entregues.
Pela Terra e Soberania Alimentar de Nossos Povos
Fortalecer a Luta em Defesa da Vida! Todos os Dias!
Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil