“Eles combinaram de nos matar, e nós combinamos de não morrer”.
Os povos indígenas no Brasil se encontram em resistência há mais de 500 anos frente ao genocídio perpetrado pela tríplice aliança Estado-latifúndio-agronegócio!
Por mais que a constituição federal (artigos 231 e 232) garanta o direito ao território tradicionalmente ocupado por seus ancestrais, esses direitos estão muito longe de serem garantidos na prática. Mais grave: o número de chacinas e ataques aos povos indígenas se intensifica drasticamente nesse atual governo.
Em todo o território brasileiro, há inúmeros processos de retomadas indígenas, que esperam em acampamentos à beira de rodovias e outras áreas espremidas por cercas, a tramitação de processos de demarcação de terras. Sem terras, educação, assistência social e direito de preservar suas culturas, os povos indígenas gritam por socorro, e diante de uma pandemia avassaladora que estamos vivendo, estão em situação de alta vulnerabilidade.
É nesse contexto que hoje se encontram 25 famílias do povo Pancariry que estão acampadas em uma áreas às margens do Rio São Francisco, no estado de Sergipe. No total, são 61 pessoas, dentre elas, 20 crianças e adolescentes. No dia 19 de setembro, representantes da Articulação Popular São Francisco Vivo e do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC-Brasil), em articulação com o Conselho Missionário Indigenista (CIMI), visitaram o acampamento onde os Pacarirys estão alojados e puderam constatar a situação em que se encontram essas famílias.
O pajé João Francisco dos Santos e o cacique Raimundo relataram o histórico de seu povo, e o descaso do estado brasileiro para com seus direitos constitucionais. Essas famílias estão vivendo em situação de fome e sem teto.
Na área onde encontram-se atualmente, só existe uma pequena barraca onde as mulheres e as crianças dormem, enquanto que os homens estão dormindo a céu aberto, enfrentando as intempéries da natureza. O local também não dispõem de água tratada para beber e para preparar os poucos alimentos que estão tendo acesso, ou seja, estão vivendo em situação de extrema vulnerabilidade.
Neste sentido, apelamos à sociedade, aos irmão e irmãs de luta que se somem a essa campanha de solidariedade e em defesa da vida de nossos irmãos Pancarirys. Em tempos de pandemia e de (des)governo, o que nos resta é a fraternidade e solidariedade entre os povos, como estratégia de r-existencia.
Como você pode apoiar essa campanha?
• Doando qualquer quantia em dinheiro para a conta bancária – Agência: 2337-x/Conta Poupança:13.341-8/Variação:51/Banco do Brasil/Titular: Sônia Maria M Malaquias (MMC). Após a transferência, enviar um comprovante para o WhatsApp (79) 9 9908-2441;
• Doando cobertores, agasalhos, lonas, filtro de barro, alimentos, etc. – Locais de entrega: Aracaju e São Cristóvão: entrar em contato com Sirley Ferreira (MMC), através do telefone (79) 9 9929-3856; Neópolis e região do Baixo São Francisco: entrar em contato com Sônia Malaquias através do telefone (79) 9 9908-2441 ou com Divaneide (Articulação Popular São Francisco Vivo) através do telefone (79) 9 9988-3306;
• Enviando um vídeo em apoio à luta dos povos Pancarirys e cobrando do Estado brasileiro que demarque seu território. O vídeo pode ser enviado para esses mesmos contatos do intém acima.
• Compartilhando essa mensagem para que possamos alcançar o máximo de pessoa que para que se somem nessa ação.
#demarcacãojá!
#vidasindígenasimportam!
