Balanço da primeira etapa de paralisações – Convocado pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, o Dia Nacional de Paralisações contra o golpe e em defesa dos direitos sociais e trabalhistas começou com grande êxito. Em todos os Estados do Brasil aconteceram mobilizações de trabalhadores e categorias. O objetivo é chamar a atenção da sociedade brasileira e do exterior para o golpe em curso no País.
Balanço da primeira etapa de paralisações
Convocado pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, o Dia Nacional de Paralisações contra o golpe e em defesa dos direitos sociais e trabalhistas começou com grande êxito.
Em todos os Estados do Brasil aconteceram mobilizações de trabalhadores e categorias. O objetivo é chamar a atenção da sociedade brasileira e do exterior para o golpe em curso no País. O movimento social e sindical dá uma demonstração da resistência ao golpe e à retirada de direitos duramente conquistas.
Nas redes sociais, ativistas digitais usaram a hastag #OcupeTudoContraOGolpe, que ficou em primeiro lugar na relação de assuntos mais comentados no Brasil.
Trabalhadores Metalúrgicos, dos Correios, Petroleiros, Rodoviários, da Construção civil, Bancários, Comerciários e Professores e outros ramos de categoria de empresas públicas e privadas realizaram atos em frente aos locais de trabalho para dialogar com os trabalhadores os riscos aos direitos trabalhistas de um possível governo Temer.
As principais avenidas e vias de grandes cidades também foram paralisadas. Em São Paulo, a Avenida 23 de maio, Ponte da Vila Maria, assim como a rodovia Marginal Tietê, Dutra, Anhanguera, Bandeirantes. No Rio de Janeiro, os trabalhadores dos Correios, Bancários e Petroleiros fizeram atos, este último na Refinaria Duque de Caxias.
Em Minas Gerais, os movimentos sociais pararam a BR 265, entre Salinas e Montes Claros, e a BR 040. O ato foi realizado em frente ao trevo de Congonhas durante a madrugada, o que inviabilizou o funcionamento das mineradoras Vale, Ferrous Resources, Gerdau e CSN na região. Houve bloqueio também na BR 135, próximo a Buenópolis, norte de MG. Os trabalhadores da Liquigás fizeram um ato em frente ao Centro Operativo na sede da empresa em Betim.
No Distrito Federal movimentos paralisaram as BRs 020 e 070 no DF.
A BR 324, na entrada e saída de Feira de Santana,ficou ocupada pelos camponeses e camponesas do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) junto a militantes das centrais sindicais. A rodovia Itabuna/Ilheus e a avenida Suburbana no sentido centro de Salvador também ficou fechada. Trabalhadores comerciários fizeram caminhada no centro da capital..
Em Pernambuco, a BR 101 Sul próximo a fábrica da Vitarella, foi fechada também por movimentos que se organizam através da Frente Brasil Popular. No Piauí, várias trechos da BR foram fechados por manifestantes, sendo em Teresina na BR 316, Em Amarante na BR 343. Em Picos o ponto de concentração foi na BR 316 e 407. Na rua Rio Branco, centro da Capital, aconteceu a terceira aula sobre democracia.
O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) paralisaram as vias da Região do Alto Sertão Sergipano e da Região do Baixo São Francisco.
Em Rondônia, atingidos e atingidas por barragens militantes do MAB também participaram das mobilizações contra o golpe. Em Vargem Grande, no Maranhão, manifestantes ocuparam a BR 222.
Manifestantes sofrem forte repressão do Batalhão de Polícia de Choque, neste momento, na BR 101, em Suape, em Pernambuco. A via ficou bloqueada desde às 6h desta terça. Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte também fizeram mobilização contra o golpe.
No Sul, ocorreram manifestações no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande de Sul. Em Foz do Iguaçu Movimento Sem-Terra junto com outros movimentos sociais fecharam a Ponte da Amizade e a Universidade Latino-Americana. Na capital, Curitiba, Cerca de duas mil pessoas fizeram abraço simbólico no Banco do Brasil, da Praça Tiradentes, e na Caixa Econômica, na Praça Carlos Gomes. Já no Rio Grande oito rodovias foram fechadas. Em Santa Catarina também aconteceram fechamentos de rodovias.
No Mato Grosso do Sul, mesmo sob forte chuva, os movimentos sociais junto com as centrais sindicais pararam também rodovias antes das 8 da manhã.
No Rio Grande do Norte, contra a perda de direitos trabalhistas, os trabalhadores rodoviários organizaram uma paralisação dos ônibus da capital, Natal, até às 12h.
Foram registrados casos de repressão em São Paulo, Pernambuco e Espírito Santo.
Crédito: FBP