Movimento de Mulheres Camponesas realiza seminário para debater os Direitos das Mulheres e Enfrentamento ao Conservadorismo - MMC - Movimento de Mulheres Camponesas

Notícia

Movimento de Mulheres Camponesas realiza seminário para debater os Direitos das Mulheres e Enfrentamento ao Conservadorismo

Com o objetivo de recordar a luta das mulheres na construção da identidade de gênero, a importância da organização na conquista de direitos e aprofundar a concepção e interesses presente na chamada “ideologia de gênero” em debate na sociedade atual, nos dias 29 e 30 de agosto de 2015, em Chapecó, SC, o Movimento de Mulheres Camponesas realizou um importante seminário com o tema “Em defesa dos direitos das mulheres e Enfrentamento ao Conservadorismo”. Além do MMC, participaram outros Movimentos Sociais do campo e da cidade, bem como Partidos Políticos, que acreditam que a luta em defesa das mulheres é uma luta de todas e todos que pensam numa sociedade justa, sem exploração, discriminação e submissão.

Verônica Ferreira, da organização feminista SOS Corpo, contribuiu com o debate, ela motivou o início da discussão através das experiências concretas vividas pelas mulheres, no que diz respeito ao que se ouve falar em relação ao conceito de gênero e quem são as vozes que tem falado sobre essa questão, em defesa ou contra. Muitas foram as questões colocadas pelas mulheres, mas o que chama mais atenção é o poder que a voz da grande mídia tem sobre homens e mulheres, pois proliferam o discurso da divisão sexual do trabalho, onde homens e mulheres têm funções definidas, também exploram o corpo da mulher como mercadoria para vender e lucrar.

Nesse sentido a discussão foi no sentido de que o patriarcado e o capitalismo estão intimamente ligados, um precisa do outro para se manter, pois o patriarcado diz que as mulheres são biologicamente determinadas, são intelectualmente inferiores, moralmente incapazes, que não têm capacidade de tomar decisões ética nem de decidir sobre a sua vida, principalmente em relação a sexualidade, e por isso podem ser usadas, abusadas e exploradas para servir aos interesses do capital, onde o principal é gerar lucro.

Diante de toda essa problemática, o seminário apontou importantes desafios, pois há também muitas vozes de libertação, vozes de mudança, vozes feministas, dispostas a gritar e lutar por uma sociedade livre de submissão, de violência e exploração. A luta contra o capital e contra o conservadorismo é uma luta feminista.

Algumas ações concretas foram apontadas, como: articulação com demais movimentos para a continuidade deste debate, plenárias ampliadas, produção de materiais.

Esse é um momento de fortalecer as lutas em prol das mulheres trabalhadoras, por autonomia e libertação.

“Sem feminismo, não há socialismo”

 

Leticia Pereira

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     Direção Estadual