O Movimento de Mulheres Camponesas, está em processo de luta permanente. A Jornada Nacional de Lutas do 08 de março que iniciou no dia 06 e vai até 15 desse mês, reune milhares de mulheres na luta por direitos. O 08 de março é um dia de luta, resistência, enfrentamento e denúncia da opressão do sistema patriarcal e capitalista, imposta às mulheres do campo e da cidade. Assim, foram as ruas de forma coletiva e organizada, reivindicando seus direitos e trazendo a memória das mulheres socialistas que foram as pioneiras ao propor o Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras!
Nesse ano de 2017, a Jornada de Lutas organizada com as mulheres do campo popular, pautou a luta Contra a Reforma da Previdência Social do Brasil, a PEC 287/2016, proposta pelo governo golpista Michel Temer, alegando que há um rombo na previdência, o que é mentira. Essa proposta atinge as mulheres e homens do campo: a pensão por morte deixa de ser vitalícia; a aposentadoria passa a ser aos 65 anos, aumentando 10 anos para as mulheres que hoje é aos 55; a condição de segurado/a especial deixa de existir, o que obriga as camponesas/es contribuírem mensalmente para poder se aposentar aos 65 anos; será proibido o acúmulo de benefício, por exemplo, quem é aposentado não pode receber pensão; entre outros direitos que serão cortados.
Por todo esse desmonte dos direitos sociais no Brasil e que está por trás a privatização da Previdência Social, é que somos Contra a PEC 287, somos Contra a Reforma da Previdência, gritamos Fora Temer, não queremos golpistas no governo, queremos democracia. Esses foram os gritos que ecoaram nas ruas no dia 08 de março.
As mobilizações aconteceram em todas as regiões brasileiras, foram Marchas estaduais e regionais, Atos de rua com simbologias demarcando nossa indignação frente aos desmontes de direitos, Ocupações de prédios públicos, em especial da Previdência Social, Audiências Públicas, Palestras, Debates, Seminários, garantindo a discussão, informação e compreensão do que está por trás da PEC 287/2016 – PEC da Reforma da Previdência Social. Seguimos firmes na luta pelos nossos direitos, contra os retrocessos, Nenhum Direito a Menos!
As mulheres camponesas organizadas se mobilizaram em 20 estados e Distrito Federal, 50 mil mulheres da Via Campesina ocuparam as ruas no dia 08 de março, dizendo Não a Reforma da Previdência.
Lutamos pela Previdência Pública, Universal e Solidária; pela garantia da condição de seguradas (os) especiais; pela aposentadoria aos 55 anos para as mulheres e 60 anos aos homens rurais; pela comprovação da atividade rural e contribuição previdenciária através da venda de produtos no bloco de notas; contra todas as reformas que tiram direitos das trabalhadoras/es do campo e da cidade.
As mulheres, nesse 08 de março dão início a luta contra os retrocessos e a retirada de direitos, em especial da Previdência Social Pública. Não paramos por aqui, seguimos em luta neste mês de março junto a classe trabalhadora, mobilizadas nos Movimentos Sociais Populares, Contra A Reforma da Previdência, Contra o Golpe, contra o roubo de nossos direitos. Não sairemos das ruas até garantir nossos direitos. As ruas, as praças, as rádios são nossos espaços, que ocupamos para que a nossa voz seja ouvida. Nos silenciaremos jamais!
Seguimos em luta sempre!
A Previdência é nossa! Ninguém Tira da Classe Trabalhadora!!