O capitalismo mundial e sua padronização da nossa ração diária. Alimentos que estão desaparecendo no Brasil - MMC - Movimento de Mulheres Camponesas

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O capitalismo mundial e sua padronização da nossa ração diária. Alimentos que estão desaparecendo no Brasil

Talvez os mais jovens não tenham essa lembrança, mas pergunte a uma pessoa mais velha se ela conhece ou lembra de um fruto que ela comia e desapareceu. Mudanças climáticas, alterações no solo e ações predatórias podem fazer de alimentos presentes na vida de diversas comunidades brasileiras apenas uma saudade.

Lista mostra 24 alimentos brasileiros em risco de extinção

Talvez os mais jovens não tenham essa lembrança, mas pergunte a uma pessoa mais velha se ela conhece ou lembra de um fruto que ela comia e desapareceu. Mudanças climáticas, alterações no solo e ações predatórias podem fazer de alimentos presentes na vida de diversas comunidades brasileiras apenas uma saudade. Frutas populares como o umbu, típico do Nordeste, e o pinhão, do Sul, fazem parte da lista de 24 alimentos brasileiros da Arca do Gosto e estão sob o risco de extinção.

A informação é publicada por EcoDebate, 18-06-2013.

Além dos requisitos biológicos, os alimentos listados pela Arca são considerados importantes para suas localidades e têm relação de identidade regional, segundo a Fundação Slow Food para Biodiversidade. No mundo inteiro são 1.066 ingredientes entre 60 países catalogados.

Para ajudar a diminuir este problema, é preciso fortalecer o interesse local, o que ajuda os agricultores, produtores e criadores a manterem a diversidade, mostrou matéria da Forbes. Além disso, é preciso criar estratégias mais sustentáveis na agricultura e incentivar os pequenos produtores, propõe o Slow Food, movimento iniciado na 1999, na Itália, em contraposição ao Fast Food.

Um dos pilares do movimento é defender a biodiversidade alimentar e tradições gastronômicas em todo o mundo. Seu objetivo é promover um modelo sustentável de agricultura que respeita o meio ambiente, a identidade cultural e o bem estar animal, além de apoiar as demandas de soberania alimentar, ou os direitos das comunidades de decidir o que cultivar, produzir e comer.

Peixes e crustáceos

O governo federal estima que 80% dos recursos pesqueiros estão ameaçados pela pesca excessiva no país. Um dos animais que correm risco de entrarem na lista da Arca é a lagosta, pois é pescada durante sua fase de desova, que ocorre justamente no verão, segundo informações da Folha de S. Paulo.

Na lista dos pescados em riscos está o aratu (Goniopsis cruentata), típico dos mangues do estado de Sergipe, o berbigão (Anomalocardia brasiliana), abundante no litoral de Santa Catarina, a ostra de Cananeia (Crassostrea brasiliana), de São Paulo e o pirarucu (Arapaima gigas), originário da bacia hidrográfica Amazônica.

Veja a lista completa aqui.