Nesta página você pode conferir como o MMC é formado e por quais bandeiras lutamos.
Organização do MMC
Grupo de Base – é o espaço de formação, organização e preparação para as lutas que garantirão os direitos das mulheres possibilitando o exercício da libertação. Será coordenado por duas dirigentes do grupo.
Direções Municipais – têm a responsabilidade de articular e coordenar as atividades do MMC no seu município e fazer a relação com as demais instâncias do MMC. Será composta por uma dirigente de cada grupo de base.
Direções Regionais - têm a responsabilidade de articular e coordenar as atividades do MMC nas Regionais dos Estados. Compõem a direção regional duas dirigentes de cada município.
Direções Estaduais - têm a responsabilidade de articular e coordenar as atividades do MMC no Estado. Será composta por duas dirigentes de cada regional.
Coordenação Nacional – responsável por dar as linhas políticas ao MMC Nacional, articular e coordenar as atividades e fazer a relação garantindo os encaminhamentos com seus Estados. Será composta por duas companheiras de cada Estado.
Direção Executiva - implementa e viabiliza as decisões da Coordenação Nacional. Será composta por 10 pessoas da Coordenação Nacional e reunirá as coordenadoras das equipes de trabalho.
Lutas
Formação (elaboração de materiais, cantos, vídeos etc).
Finanças
Organização
Relações internacionais
Relações nacionais (lutas)
Comunicação (divulgação, marketing, propostas...).
Congresso ou Assembléia Nacional
De três em três anos. Instância máxima de decisão do MMC. Aprofundar o processo/dinâmica de decisão das assembléias ou congressos estaduais, regional, nacional.
Nesta seção você pode as bandeiras pelas quais lutamos..
A luta central do MMC é contra o modelo capitalista e patriarcal e pela construção de uma nova sociedade com igualdade de direitos. Nesse sentido, assumimos como principal bandeira de luta o Projeto de Agricultura Camponesa Agroecológica, com uma prática feminista, fundamentado na defesa da vida, na mudança das relações humanas e sociais e na conquista de direitos. Além dessas, também defendemos:
Projeto Popular de Agricultura Camponesa:
pela viabilização de políticas públicas para a agricultura que garantam a permanência no campo, a produção de alimentos saudáveis, crédito especial para mulheres etc;
pela defesa, preservação, multiplicação e conservação da biodiversidade, patrimônio da humanidade a serviço dos povos, garantindo soberania alimentar;
cuidado, respeito e preservação do ambiente, garantindo a continuidade de todas as formas de vida, respeitando o ciclo da natureza;
uso sustentável dos recursos naturais, de forma justa e equilibrada, bem como a garantia de energias renováveis para o ser humano (energia heólica/ventos; solar e biomassa/bagaços, esterco e outros), construindo um novo modelo energético;
preservação das nascentes de águas, rios e fontes, aproveitando a água da chuva através da utilização de cisternas;
revitalização do Rio São Francisco;
recuperação, preservação e multiplicação das plantas medicinais e sementes crioulas;
pelo direito e acesso à terra através da Reforma Agrária e fim do latifúndio e estabelecendo os limites de propriedade de terras no Brasil;
produção agroecológica de alimentos, com o uso de formas alternativas de energia e com acesso e controle dos meios de produção pelas famílias camponesas;
garantia de geração de renda e autonomia das famílias camponesas, fortalecendo a capacidade de criar e recriar formas de sustentabilidade no campo através de redes populares e solidárias de consumo e comercialização de alimentos e outros produtos;
valorização e valoração do trabalho e renda gerada pelas mulheres, garantindo sua autonomia;
incentivar e fortalecer a concretização de formas de entreajuda, associativas e de cooperação solidária entre as pessoas;
que as tecnologias desenvolvidas pelas trabalhadoras e trabalhadores com o auxílio da ciência possam ser voltadas aos interesses das camponesas e camponeses, facilitando a produção de alimentos saudáveis;
organização coletiva do grupo familiar na construção de novas formas de vivência e convivência de maneira a superar as relações da família patriarcal e machista;
construção coletiva de espaços de poder partilhado de mulheres e homens (decisão e implementação) tanto nos espaços privados quanto nos públicos;
mudança nas relações humanas, construindo uma visão ampla e integral da vida, do ser humano e de desenvolvimento sustentável do planeta;
respeito à diversidade étnico-racial, de gênero, econômica, cultural, ecológica e de espiritualidade;
fortalecimento da arte e da cultura camponesa através de crenças, rezas, rituais, visitas, pratos típicos, mutirões de trabalho, danças, rodas de viola, literatura de cordel, repentes, festas típicas e outras;
valorização e reconhecimento do saber popular, fruto da herança e do conhecimento da vida camponesa;
garantia da autonomia de camponesas e camponeses sobre o processo de trabalho, o corpo e sobre o seu modo próprio de vida.
Ampliação dos direitos sociais:
pela garantia do direito à Previdência Pública e Universal que assegure e efetive os direitos e benefícios já conquistados das trabalhadoras e trabalhadores, bem como a ampliação de direitos sociais;
pela garantia do direito à Saúde Pública, integral (promoção, proteção e recuperação), de qualidade e com atendimento humanizado para todos com efetiva participação popular;
pela garantia de Documentação, para que não exista “Nenhuma mulher trabalhadora rural sem documentos” e ampliando esse direito a todos os membros da família;
pelo direito e acesso à educação pública, de qualidade, libertadora, emancipatória e não sexista; voltada à realidade camponesa e de cada região; efetivada junto às trabalhadoras e trabalhadores que vivem no campo; com o princípio da construção da consciência emancipatória, valorizando e incentivando o saber popular. Isso é possível, através de programas de alfabetização de mulheres e homens no campo, garantia de escolarização com a criação de unidade infantil nas comunidades rurais, 1º e 2º graus, universidade pública do campo;
pela garantia de acesso aos direitos conquistados na Lei Orgânica da Assistência Social;
garantia de moradia digna, saneamento, luz e estradas para facilitar as condições de vida no campo, e lazer, com direito ao acesso de atividades culturais nas comunidades rurais (cinema, teatro, esportes...);
investimento público na pesquisa, ciência e tecnologias a serviço da vida, adequadas às necessidades da agricultura camponesa agroecológica (conhecimento e equipamentos tecnológicos, populares e científicos) e que facilitem o trabalho humano;
garantia de políticas públicas de combate à violência e proteção de mulheres e crianças;
política de comercialização e aquisição direta de alimentos e produtos da agricultura camponesa, para os trabalhadores da cidade e entidades públicas (escolas, creches, hospitais...).
Projeto Popular para o Brasil:
O MMC tem como objetivo central lutar pela soberania nacional, proteção, conservação e preservação da biodiversidade (não deixar vender terra e água), recuperando, valorizando a cultura brasileira, fortalecendo as iniciativas de poder popular que reafirmam a busca da dignidade e autonomia da mulher e do povo brasileiro. Por isso lutamos:
Contra as políticas impostas pelo FMI - Fundo Monetário Internacional e Organização Mundial do Comércio – OMC;
Contra a ALCA - Área de Livre Comércio das Américas;
Pelo não pagamento da Dívida Externa;
Contra os transgênicos;
Contra todo o tipo de discriminação e racismo
Participação política da mulher na sociedade
Pela participação, valorização e autonomia da mulher em todos os espaços de decisão sobre a produção, o patrimônio, as relações humanas, políticas e comunitárias, de maneira a garantir a manutenção e o avanço do campesinato, na construção de um projeto popular para o Brasil;
garantia de autonomia e não mercantilização do corpo das mulheres com o fim de todas as formas de violência (sexual, física, psicológica, estrutural,...), opressão, discriminação e dominação praticada contra as mulheres e a classe trabalhadora.