Por que ocupamos a Aprosoja? - MMC - Movimento de Mulheres Camponesas

Notícia

Por que ocupamos a Aprosoja?

Na manhã desta quinta-feira (14), a Via Campesina realizou ocupação da sede da Aprosoja – Associação Brasileira dos Produtores de Soja -, em Brasília, DF. A ação, que contou com a participação de 200 camponeses, fez parte da Jornada Nacional “Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome”. Neste sentido, por que ocupamos a Aprosoja?

 

Atualmente, 125,6 milhões de brasileiros sofrem com insegurança alimentar durante a pandemia da Covid-19 e quase 20 milhões de pessoas estão sendo atingidas pela fome. Paralelamente, o desemprego, subemprego e desalento atingem quase 40 milhões de brasileiros e brasileiras.

 

 

 

 

Grandes aliados, o agronegócio e Jair Bolsonaro são responsáveis pela situação em que se encontra o país. Um governo que desmonta os estoques reguladores de preços de alimentos da cesta básica, veta medidas para apoiar a agricultura familiar e corta o auxílio emergencial voltado para os mais pobres para garantir uma renda mínima.

 

 

 

 

O agronegócio não está preocupado em alimentar o povo brasileiro. Seu interesse é somente em lucrar. Enquanto as famílias brasileiras sofrem com desemprego, fome e miséria, o agronegócio bate recordes de lucro. É o agronegócio quem promove o desmatamento e a queimada de dezenas de milhares de hectares em todo o país, que defende a liberação de todo tipo de agrotóxicos, altamente danosos para os seres humanos e a natureza, e que explora as nascentes e rios até secarem.

 

 

Os movimentos da Via Campesina promovem desde o começo da pandemia uma campanha de solidariedade aos trabalhadores pobres das cidades, que ultrapassou a doação de 5.000 toneladas de alimentos e um milhão de marmitas. Enquanto o agronegócio lucra, os movimentos sociais do campo, das florestas e das águas alimentam o Brasil.

 

É neste contexto que ocupamos a Aprosoja. A associação é uma síntese do projeto de morte de Jair Bolsonaro com o modelo de fome do agronegócio. Tal entidade, representativa do agronegócio, por meio de seu presidente, Antonio Galvan, apoia e financia atos golpistas que pedem o fechamento do STF e do Congresso Nacional.

 

 

 

 

 

Sendo assim, reafirmamos o compromisso de seguir produzindo alimentos saudáveis para as famílias brasileiras. Não abriremos mão, também, de denunciar o agronegócio e sua ganância, que condena o povo à fome e à miséria. BolsoAgro é fome!

 

Soberania Alimentar: Contra o agronegócio, para o Brasil não passar fome!

 

 

 

Via Campesina
Brasília, 14 de outubro de 2021.